O sujeito é parado no transito. Dirige sem placa e sem CNH. A agente de transito rapidamente tenta aplicar uma multa ao que ouve:
- Peraí, vc nao sabe com quem está falando.
O sujeito, esticando o peito de pombo, saca uma carteira onde diz que ele é "juiz".
A agente de transito que, provavelmente ganha 20 x menos o que Deus, ops, juiz ganha, toma uma voz de prisao e ainda é obrigada a pagar uma indenizacao de 5000 reais por "danos morais".
Eu pergunto, em que outro país do mundo vc pensaria que isso iria ocorrer se nao no Brasil?
Pois foi provavelmente isso que ocorreu no lamentável episódio em que uma agente de transito foi punida por tentar aplicar a lei, e falar umas boas verdades.
A hierarquia junto com a diferenca social está tao enraizada no Brasil que ela chega a inverter valores. A aplicacao da lei só existe pros menos favorecidos e o errado vira certo quando o sujeito tem um status ou recebe o título de "Excelencia". "O meu amigo, vc sabe com quem está falando?!", lí uma vez que se eliminássemos todos os tipos de tratamento que nós damos aos "superiores", se extinguíssemos do nosso dia-a-dia palavras como "Dr.", "Sr." "Excelentíssimo", "Meritíssimo", já teríamos uma mudanca significativa na estrutura da sociedade. Voltando ao juiz que nao gostou de ouvir que "juiz nao é nenhum ser superior", o Globo foi condenado a pagar 18 mil de multa por ter divulgado notícias onde estaria difamando o juiz http://oglobo.globo.com/rio/carreira-de-juiz-da-lei-seca-marcada-por-polemicas-14493425
(continua)
Wednesday, November 26, 2014
Thursday, October 30, 2014
O Progressista e a Conservadorinha
Eram totalmente opostos.
Ela era dessas conservadoras que ia a igreja todos os domingos, seu sonho era ter uma família e viver pra sempre, feliz. Era também a favor da pena de morte pra vagabundo e contra o aborto. Uma cidada de bem.
Ele, nao dava muita bola pra nada disso nao, já tinha usado tudo que é tipo de droga, LSD, chá-de-cogumelo, pego todas as mulheres possível e curtia discutir questoes pra lá de sacanas como sexo tantrico, putaria na alemanha oriental e quantas mulheres Fidel levou pra cama. Era um devasso. Tudo isso, claro, com interesse de duas coisas, converter as mulheres pro seu pensamento libertino e transar com elas depois. Um dia, casou com uma dessas. E diminuiu com isso.
A Dorinha (nossa conserva) ia todos os dias pro trabalho pelo mesmo caminho que o nosso personagem Petros Brás. Desnecessário dizer que o destino fez os dois se encontrarem um dia num bar:
- Eu vejo vc todos os dias, qual teu nome?
- Dora, mas pode me chamar de Dorinha. (toda sorridente) - E o seu?
- Petros, eu trabalho naquele prédio do lado do teu.
- Ah, claro, voce também é advogado?
Descobriram que tinham algo em comum. Descobriram também que eram casados. Mas, depois de umas cervejas, já tavam em uma cama do motel próximo aquele bar.
Meses de conversinhas via-celular, emails e chats no Whatsapp e a Dorinha estava cada vez mais afim de uma putaria. Ele, nao queria muito nao, afinal tinha um casamento sólido, coisa que nao fazia muito sentido na vida dele segundo as estatísticas. Por isso, ele mantinha a postura. Ela, por outro lado, aquela "santinha na sociedade" deixava cada frase pornográfica no celular de Petros que fariam qualquer Rita Cadilac se sentindo uma puritana.
Quanto mais ele se segurava e tentava preservar aquilo que era de mais sagrado pra ele, seu casamento, mais ela se soltava e vinha com promessas de largar o marido pra ficar com ele. E aquelas idéias progressistas e conservadoras pairavam no ar, como o anjo e o diabo que lutam pra falar mais alto nos nossos ouvidos.
Dorinha virou feminista e largou a igreja, Petros, se filiou ao Partido da Família e bons costumes e comecou a fazer campanha anti-drogas.
*baseado em fatos*
Ela era dessas conservadoras que ia a igreja todos os domingos, seu sonho era ter uma família e viver pra sempre, feliz. Era também a favor da pena de morte pra vagabundo e contra o aborto. Uma cidada de bem.
Ele, nao dava muita bola pra nada disso nao, já tinha usado tudo que é tipo de droga, LSD, chá-de-cogumelo, pego todas as mulheres possível e curtia discutir questoes pra lá de sacanas como sexo tantrico, putaria na alemanha oriental e quantas mulheres Fidel levou pra cama. Era um devasso. Tudo isso, claro, com interesse de duas coisas, converter as mulheres pro seu pensamento libertino e transar com elas depois. Um dia, casou com uma dessas. E diminuiu com isso.
A Dorinha (nossa conserva) ia todos os dias pro trabalho pelo mesmo caminho que o nosso personagem Petros Brás. Desnecessário dizer que o destino fez os dois se encontrarem um dia num bar:
- Eu vejo vc todos os dias, qual teu nome?
- Dora, mas pode me chamar de Dorinha. (toda sorridente) - E o seu?
- Petros, eu trabalho naquele prédio do lado do teu.
- Ah, claro, voce também é advogado?
Descobriram que tinham algo em comum. Descobriram também que eram casados. Mas, depois de umas cervejas, já tavam em uma cama do motel próximo aquele bar.
Meses de conversinhas via-celular, emails e chats no Whatsapp e a Dorinha estava cada vez mais afim de uma putaria. Ele, nao queria muito nao, afinal tinha um casamento sólido, coisa que nao fazia muito sentido na vida dele segundo as estatísticas. Por isso, ele mantinha a postura. Ela, por outro lado, aquela "santinha na sociedade" deixava cada frase pornográfica no celular de Petros que fariam qualquer Rita Cadilac se sentindo uma puritana.
Quanto mais ele se segurava e tentava preservar aquilo que era de mais sagrado pra ele, seu casamento, mais ela se soltava e vinha com promessas de largar o marido pra ficar com ele. E aquelas idéias progressistas e conservadoras pairavam no ar, como o anjo e o diabo que lutam pra falar mais alto nos nossos ouvidos.
Dorinha virou feminista e largou a igreja, Petros, se filiou ao Partido da Família e bons costumes e comecou a fazer campanha anti-drogas.
*baseado em fatos*
Saturday, September 27, 2014
Findhorn, coletivo desorganizado e socialismo como consequencia natural.
Há uns dois anos, um vizinho que eu tinha quando morava no interior da Irlanda, me emprestou um livro chamado "The magic of Findhorn". Eu deixei o livro encostado, até porque julguei pela capa e pelo meu vizinho que era ligado em misticismo que o livro seria alguma bobagem de ficcao e fantasia. Estava enganado. Meses depois, depois de me livrar de um emprego em que eu tava muito insatisfeito com tudo, eu peguei o livro pra ler. Devorei acho que em uma semana. O livro comeca contando as experiencias do escritor numa comunidade onde tudo parecia ignorar as leis naturais. Vegetais cresciam em solo antes infértil por exemplo, e alguns eventos místicos aconteciam no lugar. Até aí eu pensava que era mesmo um livro de ficcao.
Mas, o lugar existe e está localizado na Escócia. Hoje é uma comunidade que conta com centenas ou talvez milhares de pessoas do mundo inteiro. A idéia é bem simples, viver de forma cooperativa e conectada espiritualmente com o planeta. É também um retiro espiritual e eles administram constantemente workshops sobre permacultura e vida sustentável.
Naquela época eu já tava fascinado com esse negócio de viver bem com o mínimo de $ possível. Nao estava contente no trabalho e queria tentar algo diferente. Esse livro veio na hora certa. Eu poderia ir pra lá tranquilamente, mas na época faltou dinheiro. Logo depois acabei arrumando outro emprego entao deixei a idéia encostada.
Hoje em dia eu sei que existem várias dessas comunidades espalhadas pelo mundo e no Brasil mesmo tem algumas. A idéia é bem simples, voce vive do que voce planta, voce recicla, e usa energia solar por exemplo, além da própria moeda de troca local.
*********************************************************************************
Partindo pra um campo mais filosófico e político, chegamos a um ponto onde tá todo mundo em frenesi. Nunca foram vendidos tantos soníferos, tranquilizantes, drogas legais que sao prescrevidas e adquiridas tao fácil quanto comprar água no mercado. Quem veio daquela era do sexo, drogas e rock n' roll dos anos '70 hoje está calminho e sob controle gracas a valiums e prozacs. No 'I am Ozzy', autobiografia divertidíssima do sujeito mais louco do heavy metal, ele conta como tem que balancear as mil drogas que ele toma pra se manter sóbrio. Uma delas causa impotencia e daí ele toma viagra antes de transar, só que o antidepressivo inibe a ejaculacao. Resultado, Ozzy fica com erecao por horas, mas nao chega nos finalmentes nunca. Se temos essas drogas legais livres leves e soltas, por outro lado voce tem campanhas e campanhas anti-drogas ilegais, seja na tv, nas ruas e muito dinheiro é gasto com elas, além de tornar Rehabs em verdadeiras empresas. Todo esse aparato me deixa mais convencido que nosso sistema é muito hipócrita e recheado de tapa-buracos. Tapa-buracos como seguros de saúde, clínicas de aborto, instituicoes de caridades pra fome na África, ou ONGs que sao verdadeiros negócios. Além desses tapa-buracos, estamos há muito tempo na era do descartável. A informacao circula 1000 vezes mais rápida, mais abrangente e em maior quantidade do que circulava há 20, 30 anos. É desnecessário dizer o quanto esse fenomeno afeta nossa forma de pensar.
Lembro que ouvi um cidadao dos EUA dizer, há décadas atrás, que os americanos sao um povo que se entedia facilmente, e precisam estar constantemente em contato com o novo, com algo que entretenha-os. Pois, guess what? We are living in America, como diz o Rammstein. Estamos cada vez mais americanizados e precisamos de entretenimento constantemente pra nutrir nossas vidas entediantes. Por outro lado faltam idéias. O mundo 'livre', quem diria, vive num ócio coletivo, ou seja, estamos pensando igual e respondendo igual a estimulantes. Aquela crítica que os capitalistas sempre tiveram ao socialismo, de dizer que nós somos seres humanos diferentes e que tentar socializar nao dá certo por conta disso, nao se faz valer no sistema que vivemos. Vivemos pra sobreviver, pra pagar contas, trabalhar, e se divertir dois dias por semana. As redes sociais sao um antro de gente carente por atencao, pessoas que querem se destacar sobre as demais, já que na vida social provavelmente essas pessoas nao passam de mais uma. O narcisismo é mesmo a única maneira que essas pessoas tem pra manter a individualidade delas. Se tem algo que eu nunca acreditei e que está fadado a morrer é o culto a personalidade. Os heróis de antigamente nao passam de figuras em livros de história hoje em dia. Faltam líderes de movimentos hoje, talvez por faltarem assuntos que convencam a massa de que ela deve cultuar um líder. O que se tem hoje em dia sao grupos de protestos, mas nenhuma lideranca. Ninguém ousa! Até na música isso se reflete, na pop music hoje em dia é muito, mas muito mais difícil voce ficar famoso e sustentar uma carreira por muito tempo do que era 20 anos atrás. Estamos mesmo na era do coletivo desorganizado.
Sendo a favor de um modelo social, nao quer dizer que eu vá ser igual a voce e que vamos todos agir igualmente. Vamos sim, ter as mesmas oportunidades de educacao, os mesmos direitos. - Sou a favor de muito mais direitos trabalhistas, como exemplo, a diminuicao da jornada de trabalho pra 4 dias/semana, e assim, teremos mais tempo pra viver. Em países desenvolvidos hoje em dia se trabalha bem menos horas porém se produz mais. Com isso se tem mais tempo pra viver. Se houver menos competicao no local de trabalho e mais cooperatividade, eliminaremos sentimentos fabricados pela sociedade ultracompetitiva, como a inveja, stress e outros sentimentos negativos. - Sou a favor da legalizacao das drogas (apesar de nunca ter usado nada além de alcool). - Sou a favor da distribuicao de renda, extincao de monopólios, incentivos aos micro/pequenos mercados e mercados locais, sou a favor da descentralizacao de poder, por exemplo, sou a favor de Estados sendo totalmente desfragmentados em comunidades de auto-gestao. Os modelos escandinavos sao os que mais próximos estao de algumas dessas práticas que eu citei, ou seja, é totalmente viável pensar num modelo assim. A grande dificuldade é que, um modelo pra 'pegar' só existem duas maneiras, ou se torna uma causa abracada mundialmente, pelos esforcos de absolutamente todos os governos do mundo, ou se impoe na base de muitas vidas sacrificadas e a forca. Eu, logicamente, prefiro pensar que a primeira é a melhor opcao, uma transicao gradual e conjunta ia levar-nos a uma sociedade muito melhor. A única arma que nós contamos que tem o poder de fazer isso é o Estado. Ou seja, precisamos de mais Estado, pra daí termos uma democracia participativa, como o que ocorreu na Islandia e a partir daí, pensarmos na descentralizacao de poder e fim da repressao, coercao e controle.
Por fim, nao posso em hipótese alguma concordar com o conformismo daqueles que insistem que nao existe alternativa pra esse modelo. O mesmo conformismo que diz que o capitalismo tem muitas falhas mas que nao tem nada melhor. Esse conformismo é apenas uma prova de o quanto estamos medíocres, de o quanto aprendemos a absorver tudo que é falácia que é passada pra gente e usar aquilo como verdade. Tudo é mutável, até o sistema e relacoes de poder. Vai por mim ;-)
Mas, o lugar existe e está localizado na Escócia. Hoje é uma comunidade que conta com centenas ou talvez milhares de pessoas do mundo inteiro. A idéia é bem simples, viver de forma cooperativa e conectada espiritualmente com o planeta. É também um retiro espiritual e eles administram constantemente workshops sobre permacultura e vida sustentável.
Naquela época eu já tava fascinado com esse negócio de viver bem com o mínimo de $ possível. Nao estava contente no trabalho e queria tentar algo diferente. Esse livro veio na hora certa. Eu poderia ir pra lá tranquilamente, mas na época faltou dinheiro. Logo depois acabei arrumando outro emprego entao deixei a idéia encostada.
Hoje em dia eu sei que existem várias dessas comunidades espalhadas pelo mundo e no Brasil mesmo tem algumas. A idéia é bem simples, voce vive do que voce planta, voce recicla, e usa energia solar por exemplo, além da própria moeda de troca local.
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Partindo pra um campo mais filosófico e político, chegamos a um ponto onde tá todo mundo em frenesi. Nunca foram vendidos tantos soníferos, tranquilizantes, drogas legais que sao prescrevidas e adquiridas tao fácil quanto comprar água no mercado. Quem veio daquela era do sexo, drogas e rock n' roll dos anos '70 hoje está calminho e sob controle gracas a valiums e prozacs. No 'I am Ozzy', autobiografia divertidíssima do sujeito mais louco do heavy metal, ele conta como tem que balancear as mil drogas que ele toma pra se manter sóbrio. Uma delas causa impotencia e daí ele toma viagra antes de transar, só que o antidepressivo inibe a ejaculacao. Resultado, Ozzy fica com erecao por horas, mas nao chega nos finalmentes nunca. Se temos essas drogas legais livres leves e soltas, por outro lado voce tem campanhas e campanhas anti-drogas ilegais, seja na tv, nas ruas e muito dinheiro é gasto com elas, além de tornar Rehabs em verdadeiras empresas. Todo esse aparato me deixa mais convencido que nosso sistema é muito hipócrita e recheado de tapa-buracos. Tapa-buracos como seguros de saúde, clínicas de aborto, instituicoes de caridades pra fome na África, ou ONGs que sao verdadeiros negócios. Além desses tapa-buracos, estamos há muito tempo na era do descartável. A informacao circula 1000 vezes mais rápida, mais abrangente e em maior quantidade do que circulava há 20, 30 anos. É desnecessário dizer o quanto esse fenomeno afeta nossa forma de pensar.
Lembro que ouvi um cidadao dos EUA dizer, há décadas atrás, que os americanos sao um povo que se entedia facilmente, e precisam estar constantemente em contato com o novo, com algo que entretenha-os. Pois, guess what? We are living in America, como diz o Rammstein. Estamos cada vez mais americanizados e precisamos de entretenimento constantemente pra nutrir nossas vidas entediantes. Por outro lado faltam idéias. O mundo 'livre', quem diria, vive num ócio coletivo, ou seja, estamos pensando igual e respondendo igual a estimulantes. Aquela crítica que os capitalistas sempre tiveram ao socialismo, de dizer que nós somos seres humanos diferentes e que tentar socializar nao dá certo por conta disso, nao se faz valer no sistema que vivemos. Vivemos pra sobreviver, pra pagar contas, trabalhar, e se divertir dois dias por semana. As redes sociais sao um antro de gente carente por atencao, pessoas que querem se destacar sobre as demais, já que na vida social provavelmente essas pessoas nao passam de mais uma. O narcisismo é mesmo a única maneira que essas pessoas tem pra manter a individualidade delas. Se tem algo que eu nunca acreditei e que está fadado a morrer é o culto a personalidade. Os heróis de antigamente nao passam de figuras em livros de história hoje em dia. Faltam líderes de movimentos hoje, talvez por faltarem assuntos que convencam a massa de que ela deve cultuar um líder. O que se tem hoje em dia sao grupos de protestos, mas nenhuma lideranca. Ninguém ousa! Até na música isso se reflete, na pop music hoje em dia é muito, mas muito mais difícil voce ficar famoso e sustentar uma carreira por muito tempo do que era 20 anos atrás. Estamos mesmo na era do coletivo desorganizado.
Sendo a favor de um modelo social, nao quer dizer que eu vá ser igual a voce e que vamos todos agir igualmente. Vamos sim, ter as mesmas oportunidades de educacao, os mesmos direitos. - Sou a favor de muito mais direitos trabalhistas, como exemplo, a diminuicao da jornada de trabalho pra 4 dias/semana, e assim, teremos mais tempo pra viver. Em países desenvolvidos hoje em dia se trabalha bem menos horas porém se produz mais. Com isso se tem mais tempo pra viver. Se houver menos competicao no local de trabalho e mais cooperatividade, eliminaremos sentimentos fabricados pela sociedade ultracompetitiva, como a inveja, stress e outros sentimentos negativos. - Sou a favor da legalizacao das drogas (apesar de nunca ter usado nada além de alcool). - Sou a favor da distribuicao de renda, extincao de monopólios, incentivos aos micro/pequenos mercados e mercados locais, sou a favor da descentralizacao de poder, por exemplo, sou a favor de Estados sendo totalmente desfragmentados em comunidades de auto-gestao. Os modelos escandinavos sao os que mais próximos estao de algumas dessas práticas que eu citei, ou seja, é totalmente viável pensar num modelo assim. A grande dificuldade é que, um modelo pra 'pegar' só existem duas maneiras, ou se torna uma causa abracada mundialmente, pelos esforcos de absolutamente todos os governos do mundo, ou se impoe na base de muitas vidas sacrificadas e a forca. Eu, logicamente, prefiro pensar que a primeira é a melhor opcao, uma transicao gradual e conjunta ia levar-nos a uma sociedade muito melhor. A única arma que nós contamos que tem o poder de fazer isso é o Estado. Ou seja, precisamos de mais Estado, pra daí termos uma democracia participativa, como o que ocorreu na Islandia e a partir daí, pensarmos na descentralizacao de poder e fim da repressao, coercao e controle.
Por fim, nao posso em hipótese alguma concordar com o conformismo daqueles que insistem que nao existe alternativa pra esse modelo. O mesmo conformismo que diz que o capitalismo tem muitas falhas mas que nao tem nada melhor. Esse conformismo é apenas uma prova de o quanto estamos medíocres, de o quanto aprendemos a absorver tudo que é falácia que é passada pra gente e usar aquilo como verdade. Tudo é mutável, até o sistema e relacoes de poder. Vai por mim ;-)
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